quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Esticanço




Menino insano e rebelde,
que foste tu fazer à rede?...
estás emaranhado, serpenteado,
tolhido pelo comboio amado.

Bum! o Som... o desenho
incompleto de uma linha,
és vida incerta e desejo fatal,
és fumo de um estranho final.

Nas cordas que roçam em ti,
esticam as lembranças de mim,
rompem-se os laços carmím,
suplico que retornem a ti.

Reinvente-se o futuro,
que os santos do passado
são demónios de ouro,
neste presente desajeitado.

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