terça-feira, 26 de outubro de 2010

Cão De Morte



Nesse mar de sonhos,
tu flutuas a imaginação,
não aguentaste a mesma canção,
desamaste sem razão.

Estrangulei a emoção,
fustiguei o meu coração,
Embalei-te como um cão
a lenga-lenga da quarta estação.

Agora... canto sem emoção,
nas horas do recobro,
Abro a janela num sopro,
logo perco a respiração.

Ão Ão... Ão Ão,
nesse tom de razão,
ladra ofegante na prisão
a sua rouca solidão.

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