
Nesse mar de sonhos,
tu flutuas a imaginação,
não aguentaste a mesma canção,
desamaste sem razão.
Estrangulei a emoção,
fustiguei o meu coração,
Embalei-te como um cão
a lenga-lenga da quarta estação.
Agora... canto sem emoção,
nas horas do recobro,
Abro a janela num sopro,
logo perco a respiração.
Ão Ão... Ão Ão,
nesse tom de razão,
ladra ofegante na prisão
a sua rouca solidão.


