sexta-feira, 1 de julho de 2011
a dureza que amacia
Rochas são dor fria distante
são a força desta vida amante
corpo duro que o tempo amacia
alma que aquece e alumia
Levanto os punhos cerrando
inspiro a profundeza do mundo
contemplo a sua simplicidade
agradeço-vos a humanidade
Despeço as coisas que perdi
desamarro as velas que amei
rumamos a norte prá sorte
fazer o novo através da morte
Comigo está a saudade e a razão
Levo as flores e a chama na mão
domingo, 22 de maio de 2011
o Raiar
O tempo é taciturno
passa como quem foge
dessa sombra que acolhe
e nos envolve no abandono
mas a luz espreita
por entre sonhos
atravessa teus olhos
embarcando na vida
Ávido mas tímido
afasto as cortinas
sinto este fogo destemido
chamas... que tu iluminas
E brilha esse sol
na ânsia de um dia
correr para esse dia
e brilhar nesse sol
domingo, 30 de janeiro de 2011
Vade Retro!
Do criador nasceu o amor
e triste conheceu a morte
nunca um fim antes a sorte
de caír sonhando nessa dor
num dia soalheiro a luz
cobriu campos e pintou a cruz
veio a nébula que disse
sem dor não serás feliz
falei pois não demores
e deixa ver as cores
que a criança tem rosto
não sabe não quer não vive
nesse mundo onde já estive.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
A Montanha
Dos teus braços
derreti os apertos
que tocaram a delicadeza
a sombra da tua beleza
E quando me perdi no encanto
tocaram sinos de inverno
recolhido em panos de ternura
cairam lágrimas de secura
Caminhei sobre o lago ardente
inspirei do teu fumo magia
e do espírito venci a luxúria
que do sonho pariu a mente
Caído no desejo que foge
escalei só... a montanha
enxaguei os olhos de amanhã
e abri os braços de hoje
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Luz Ardida
Traços desenhados
já não são apagados
prolongam raízes
esticam folhas
para sempre imobilizados
na etérea sombra
da luz ardida.
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